quarta-feira, 15 de setembro de 2010

"Noite de S. João para além do muro do meu quintal.
Do lado de cá, eu sem noite de S. João.
Porque há S. João onde festejam.
Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite.
Um ruido de gargalhadas, os baques dos saltos.
E um grito casual de quem não sabe que eu existo."

12-4-1919 
-Poemas Inconjuntos F.P.

Sono. muito sono eu tenho neste dia. um pouco mais do que nos outros que estamos juntos. faço de mim e de minha cama a mesma coisa. debaixo dos lençóis dos cobertores dos edredons até eucolchão e só. estou no mundo encantado do meu inconsciente. mais real do que o de fora. o seu sono de mundo me dá sono de vida no mundo. mas o mundo não tem culpa de você. então vou esperar você acordar ou se afastar para que eu possa acordar. porque inútil dizer ou fazer neste momento. são muitos e não querem escutar- o seu querer não tem brecha. mas eu escuto tudo e não quero um inferno particular. entro no mais profundo de mim mesma até estar mais calmo para poder sentir, para poder enxergar, para poder escutar e por fim, falar- se necessário for. se não você, pelo menos eu. pelo menos eu.

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