quarta-feira, 22 de setembro de 2010

...El pedagogo moderno sabe perfectamente que la educación no es una mera cuestión de escuela y métodos didácticos. El medio económico social condiciona inexorablemente la labor del maestro. El gamonalismo es fundamentalmente adverso a la educación del indio: su subsistencia tiene en el mantenimiento de la ignorancia del indio el mismo interés que en el cultivo de su alcoholismo.


-José Carlos Mariátegui,
Siete Ensayos de Interpretación de la Realidad Peruana
publicado em 1928.
em 1928.
tempo. e o que é o tempo para quem não sente sua existencia- a sua e a sua existência.? trezentas páginas de texto para uma prova só são trezentas páginas e uma prova. aquilo que se escreve com vida só lê quem tem mais que olhos e capacidade reprodutiva de palavras.
que faz sentido, saber falar de toda obra revolucionária já escrita ou
ter demorado meia vida para conhecer um texto de marx,
por exemplo,
e conhecê-lo a cada respiração, a cada olhar, a cada passo, a cada segundo que passa?
que faz sentido, um diploma sem marcas nem cicatrizes nem questionamentos nem contradições
ou
a coragem de parar o que não tem sentido e ser sincero com seu coração?- com nenhuma e todas as possibilidades.
quanto tempo tem a felicidade?
quanto tempo tem a liberdade?
quanto tempo tem a lucidez?
quanto tempo tem a paz?
quanto tempo tem a transformação?
quanto tempo tem o tempo?

e se o tempo é só tempo
tudo é só isso.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

...que bom que concordamos. con-cordis. com coração. e se concordamos é porque nossos corações estão juntos, unidos- até posso dizer o mesmo coração. dizem que quando estamos confusos e perdidos devemos nos voltar ao centro. e nosso centro é onde está a verdade. e o centro o coração. porque a mente pode ser várias- nosso coração um só. que bom que concordamos. que bom que acordamos.
"Noite de S. João para além do muro do meu quintal.
Do lado de cá, eu sem noite de S. João.
Porque há S. João onde festejam.
Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite.
Um ruido de gargalhadas, os baques dos saltos.
E um grito casual de quem não sabe que eu existo."

12-4-1919 
-Poemas Inconjuntos F.P.

Sono. muito sono eu tenho neste dia. um pouco mais do que nos outros que estamos juntos. faço de mim e de minha cama a mesma coisa. debaixo dos lençóis dos cobertores dos edredons até eucolchão e só. estou no mundo encantado do meu inconsciente. mais real do que o de fora. o seu sono de mundo me dá sono de vida no mundo. mas o mundo não tem culpa de você. então vou esperar você acordar ou se afastar para que eu possa acordar. porque inútil dizer ou fazer neste momento. são muitos e não querem escutar- o seu querer não tem brecha. mas eu escuto tudo e não quero um inferno particular. entro no mais profundo de mim mesma até estar mais calmo para poder sentir, para poder enxergar, para poder escutar e por fim, falar- se necessário for. se não você, pelo menos eu. pelo menos eu.

sábado, 11 de setembro de 2010

gracias a díos. às vezes pode não ser deus. pode ser a gente mesmo. nossa energia. isso aqui. as coisas mais incríveis acontecem e não é coincidência. e só são incríveis para nós, que não pensamos nisso. e se leve tranquilo e se tranquilo livre. se livre flui. se flui acontece. acontece.
procuro. tem uma caneta? não tenho. quer escrever? preciso. tudo bem, não esqueço. não? estou sentindo, já tá aqui. quando for escrever lembro do que sinti e sinto. e escrevo.

Macramê

dois nós
nós dois

trança

forma cor
tempo espaço
entendo entende

tranço

olhares sorrisos
carinhos abraços
musica poesia

transforma cria
quatro nós
seis nós
oito nós
nós tudo

sorriso abraço carinho música poesia cor
forma
forma

macramê.
não me venha com bandeiras

vermelhas
coloridas
brancas

se dentro não é

vermelho
colorido
branco

tá tudo aqui dentro
fora só reflexo
amanhã já é




segunda-feira, 6 de setembro de 2010

...
Não me contem que volta de lá
e que vem pros lados de cá
a felicidade
não cabe
tão feliz
que transborda
vira luz
sai correndo
vai pelo fluxo
e nos encontramos pelo caminho
c´os astros
c´as estrelas
cum astral
prá lá de Bagdá
aqui e lá
nem tempo nem espaço
só luz






Txum txáca txacá txum txá txá
txá txá txum txum txá txá txum txum

Aqui.

e foi um pôr-do Sol.

Certeza da beleza

...só poesia




Só poesia
Sol poesia
ó poesia
ia
ó
é
si
áh!
Sol
e vamos ficar mofando aqui por cinco horas.
não vamos. vamos sair daqui.
uma praça, um cigarrinho e voltamos.
caminhamos. uma praça crianças árvores, que tal?
já está. um mapa. caminhamos?
um rio. bora?
não me leva tanto a sério.
-mas quase.
então os pézinhos? os cachorros tão tudo mergulhando!
pézinhos só
um elefante prá deitar na areia -debaixo da árvore
deito pro Sol toda- cê também
as margens do Uruguai
às margens do rio
Colon rio
rio
mofando não
Estavas feia de bico, cinza e gorducha. tremia ao te sentir mas te queria e não perguntava quando. esperava seu tempo. seu tempo. porque a amo. saí a caminhar, saí de mim, de minha cidade e até desse país. quando nua lá estava e não coberta de nuvens -mais bonita que o retrato. dando a luz a uma criança luz que traz consigo chêro do novo. ar fresco que brota do orvalho e de cada pálpebra que se abre. chêro do novo de uma nova possibilidade do incrível a cada partícula de tudo que seu raiozinho preguiçoso penetra. não pergunto- sinto. sinto com todo meu corpo com cada particula de tudo meu que seu raiozinho preguiçoso penetra. conversamos. me sinto privilegiada por tê-la comigo pela conversa sem palavras por tudo que vejo sem os olhos. e a leveza do não ter. estás comigo. de bico cinza e gorducha- essencialmente nua mãe filha incrível maravilhosa Terra.
a cada minuto seu quinhão
nem mais nem menos do que presente
Presente
se mais se foi
Futuro
se menos passou
Passado

desperta

que tá dentro
tá fora

acorda

humildemente
medita

acorda

que tá dentro
tá fora

não julgue
humilde mente
medita

desperta

você e ele
igual
você e eles
iguais
compartilhe
com partilha

partilha

menos prá ser leve
leve prá voar
livre
e voar
liberdade

medita

desperta

sê livre só agora